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sábado, 15 de dezembro de 2018

ATRATIVOS VINTAGE PARA TORRES



Não é por falta de assunto que retorno escrever sobre algumas relíquias históricas da nossa cidade.
Em todo o mundo, principalmente no velho mundo, o turismo está intimamente ligado com as relíquias históricas. Ninguém vai para a Europa, por exemplo, e deixa de visitar pelo menos um museu, algum prédio de valor histórico, alguma praça tombada (e conservada), ou monumentos erguidos por motivos histórico/culturais. Quem viaja o faz para conhecer lugares, pessoas, culturas, monumentos, histórias.
Destinos dentro ou fora do nosso país tendem a oferecer tudo isso e as vezes um pouco mais.
Lembro do caso da pequena cidade de Verona, na Itália, onde existe a famosa casa da Julieta (aquela do Romeu). Ela fica próxima à rua mais movimentada da cidade. Estando no centro de Verona é só andar poucas quadras que se encontra o local, normalmente atopetado de gente. Entra-se através de uma porta em forma de arco, passando por um corredor que termina em um jardim interno onde se vê de um lado, a porta de entrada da casa com a famosa sacada; e do outro lado uma pequena loja de souvenires. No fundo do jardim, uma estátua de bronze da Julieta recebe os visitantes, sempre rodeada de pessoas que esperam sua vez de serem fotografadas com a mão em um de seus seios.
É isso mesmo! Dizem que os homens (e mulheres) que colocarem a mão nos seios da Julieta terão sorte no amor. Se é verdade não sei, mas por via das dúvidas, eu segui o fluxo...
Isso que eu chamo de saber usar a história em prol do turismo local.
Todo mundo sabe que nunca existiu uma Julieta e nem um Romeu. A história é um romance trágico de Wiliam Shakespeare ambientado na cidade de Verona na Itália. Então se os personagens não existiram, tampouco a casa existiu!
Pois é. Dezenas, centenas, milhares de pessoas visitam diariamente uma casa que só existe porque alguém teve a feliz (e rentável) ideia de recriar uma história através da casa onde supostamente teria morado a figura central do romance de Shakespeare. As pessoas não pagam para entrar no local (apenas na parte interna da casa), mas pagam para ter as ‘lembrancinhas’ do local. Não pagam pelas fotos ao lado da estátua, mas retribuem colocando estas mesmas fotos em suas redes sociais, tornando ainda mais famoso o local e despertando a curiosidade de potenciais turistas.
Sabemos que não são inteiramente verdadeiras muitas dessas histórias que são contadas para nós durante as viagens, digamos que a muitas delas tem uma licença poética. Mas no fundo o que o turista quer é que sua viagem seja rica em cultura, diversão, lazer e muitas histórias para contar, mesmo que algumas delas não sejam assim tão verdadeiras.
E o que tem a ver essa história com Torres e suas relíquias? Tudo.
Os antigos guarda-sóis da SAPT, por exemplo, poderiam ser utilizados como atrativo turístico na Praia Grande. Cinco ou dez guarda-sóis poderiam ser recriados, a partir de fotografias antigas, e colocados nas areias da Praia Grande e utilizados como auxiliares na divulgação da cidade. Os guarda-sóis, devidamente identificados com o nome de Torres, e se forem patrocinados, com o nome dos parceiros seriam ótimos para aquela foto à beira mar da mais bela e cultural praia gaúcha.
Outra relíquia que poderia ser utilizada é a Guarita Salva-vidas. Restaurada, ela poderia ser utilizada também para a divulgação da cidade. Com uma pequena contribuição, os turistas poderiam subir as escadas do mirante e, lá em cima, receber algumas informações sobre o monumento e até, quem sabe, ouvir histórias sobre o local. E claro, fazer várias fotos da praia e do mirante.
Os turistas certamente colocarão essas fotos em suas redes sociais, dando uma boa alavancada na divulgação da cidade. Parece pouco, mas com pouco investimento resgata-se parte da história torrense e ainda cria-se dois novos atrativos (embora um já exista) para a nossa cidade.
Como fazer isso? Através de projeto bem elaborado e de parceria público privada.
Lá em Verona uma história fictícia divulgou a cidade para o mundo, e ainda hoje rende frutos com a casa que nunca existiu.
Aqui, guardadas as devidas proporções, os famosos Guarda-sóis (hoje desaparecidos) e a Guarita Salva-vidas, que foram marcas registradas da cidade no passado, podem ajudar a divulgar e manter Torres na mente dos turistas e veranistas.

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