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sexta-feira, 12 de abril de 2019

SULCANDO OS ARES DO PASSADO

O envolvimento de Torres com o mar iniciou desde que os primeiros habitantes por aqui chegaram e ficaram ou passaram.
Mas o envolvimento com o céu, quando será que começou?
Não, não foi com a chegada dos primeiros balões.
Sabe-se que o torrense do século passado se voltou para o céu para observar a chegada de um pequeno avião. Isso aconteceu quando se comemorava os 100 anos da independência do Brasil, mas o avião não era brasileiro, ele era chileno!
Em 1922, "...sulcando os ares, no dia 9 de setembro, fez aterrissagem na praia do norte desta vila o aviador chileno Diego Arocena, portador de uma mensagem do presidente da república Chilena ao Dr. Epitácio Pessoa."
De acordo com relatos da época, os "viajores" foram recebidos pelas autoridades da cidade, a banda do maestro Ramos, e por boa parte dos cerca de 700 habitantes. Eles foram saudados com "espoucar" de fogos de artifícios e muitos "vivas" ao som da banda local.
Imaginem a cena há cem anos, foi um acontecimento!
Tanto foi, que ficou registrado na memória dos habitantes e assim repassado, através da história oral contada pelo ex-prefeito Moysés Camillo de Farias ao historiador Guido Muri.
Nestes tempo todo muita coisa mudou na pacata vila de São Domingos das Torres, mas a paixão pelos ares, iniciada com aquela visita, permanece viva até hoje.
Hoje os balões, os parapentes, paragliders, helicópteros e os pequenos aviões disputam com os pássaros os olhares do povo para os céus da cidade.
E esse olhar para o alto é cada vez mais frequente.
Diariamente se vê balões colorindo as nossas manhãs, algo que há duzentos anos nem se imaginaria. Se bem que em 1934, muitos viram a passagem do famoso Graf Zeppelin por nosso céu em sua viagem rumo a Buenos Aires.
Mas a principal, pelo menos para os torrenses de então, e mais ruidosa aparição nos ares foi a do avião chileno.
Conforme relatam os historiadores, a passagem do avião com seus tripulantes aqui por Torres foi tão significativa que as autoridades ofereceram uma festa em sua homenagem.
O clube republicano Júlio de Castilhos deve ter sido o local do baile oferecido aos visitantes. Sem dúvida a banda do maestro Ramos, embalou aquela noite festiva.
E ao que se sabe até a partida do aeroplano não foi menos ruidosa.
O tempo e os ventos daquelas época do ano não eram muito favoráveis a decolagem. Foram várias tentativas frustradas.
A cada dia de tentativa abortada, se fazia uma noitada de festa. E assim aconteceu até o voo derradeiro. Na verdade esse foi outro acontecimento.
O bombo da banda do maestro chamou toda a população para a praia grande e entre rojões e música ... “o pássaro metálico subiu rugindo e desapareceu na direção de Sombrio, mas não sem antes se despedir-se da população dando voltas sobre a vila.”

Fonte: Remembranças de Torres de Guido Muri.



quarta-feira, 3 de abril de 2019

OVNIS NOS CÉUS BRASIL





Essa história de ÓVNI sempre me fascinou, deve ser porque eu saio fora de órbita às vezes, em pensamento é claro. Mas eu volto!
O problema é que muitos encaram isso como coisa de louco ou de gente esquisita, o que muitas vezes não deixam de ter razão. Mas não é que isso virou um tipo de turismo! Turismo ufológico. Sim, existem até empresas que montam pacotes com roteiros pelo mundo em busca de abduções, desenhos enigmáticos, luzes esquisitas, histórias de avistamentos de discos voadores e até de seres extraterrestres, enfim, em busca de locais com incidência desses fenômenos.
O grande propulsor desse turismo é a curiosidade humana, em diferentes regiões do planeta existem histórias que embalam o imaginário atraindo um grande contingente de pessoas. Um dos lugares mais famosos mundialmente é Roswell, no Novo México (sul dos Estados Unidos), além de ter sido cenário dos mais intrigantes e emblemáticos casos de ufologia, a cidade abriga três museus voltados ao tema.
Além de Roswell, existe uma série extensa de lugares onde o turismo anda sempre aquecido por óvnis. Os principais são: Cerro Uritorco (Argentina), Nazca e Ica (Peru), Ilha de Páscoa (Chile), as pirâmides de Chichen Itzá (México), as pirâmides do Egito e Stonehenge (Inglaterra).
No Brasil, o turismo ufológico, ainda é incipiente, há poucas empresas especializadas nesse tipo de turismo, embora o país tenha um dos mais ricos circuitos para quem busca esse tipo de viagem. São céus e estradas de lugares como Itapoá (SC), Chapada Diamantina (BA), Peruíbe (SP), Quixadá (CE), São Thomé das Letras (MG), Chapada dos Veadeiros (GO), Ilha de Colares (PA) e Minas do Camaquã (RS).
Todos têm grande incidência de eventos ufológicos, porém, Peruíbe, uma cidade do litoral de São Paulo, foi a primeira cidade do país a explorar o turismo ufológico. De acordo com a prefeitura do município,
Peruíbe é a primeira cidade do país a explorar o turismo ufológico. Após os relatos de várias ocorrências, aparecimentos, eventos inexplicáveis, e até mesmo relatos de abduções, a prefeitura decidiu implantar há sete anos o primeiro roteiro de turismo ufológico do Brasil. A ideia buscava não somente explorar os estudos e acontecimentos ufológicos, mas também dar mais visibilidade às belezas naturais da cidade.
Além disso Peruíbe mescla o turismo ufológico com o turismo de eventos, realizando, também, anualmente o Encontro Ufológico, que reúne especialistas e pesquisadores do assunto, apresentando ao público palestras e exposições sobre o tema.
"O passeio começou a ser feito nos anos 2000, quando as autoridades locais e pessoas interessadas no assunto perceberam que o município registrava uma grande quantidade de supostas aparições de OVNIs, o que motivava eventos como congressos ufológicos. “Nos veio a ideia: se as pessoas normalmente pagam por um roteiro turístico, os interessados [em ufologia] pagariam por um roteiro ufológico”, conta o secretário de turismo de Peruíbe, Eduardo Ribas.
O roteiro está tão consolidado que é só procurar as agências de turismo de Peruíbe, que todas oferecem o roteiro que inclui hospedagem na cidade, além de um acampamento na praia da Barra do Una, para observação do céu (e, com sorte, de um OVNI). Outros locais são o terreno do último pouso e o Portal da Serpente, que segundo os moradores, é utilizado uma vez por ano por extraterrestres que querem visitar a Terra.


Fontes: Sites do Metro Jornal; G1/Globo; Fenomenum; GauchaZH/Clicrbs; Divulgação/History Channel; Santa Portal; Gazeta do povo.