Bem, era
assim antigamente! E parece que pouca coisa mudou. Professores bons e não tão
bons, também continua igual. O ensino fundamental e o médio, são os mesmos de
antigamente, só com nomes diferentes. O superior está cada vez mais parecido
com o segundo grau de antigamente (hoje ensino médio) e transformado em um
grande negócio. O modelo é ruim desde sempre. Não tem muito que evoluir mesmo,
tem é que trocar. Porém isso demandaria muito trabalho e altos custos, o que
não interessa a governos nem a donos de escolas (universidades, cursinhos e
outros).
Então
vamos ao passado, por exemplo: Não lembro de nada mais “tecnológico” na
educação, no meu tempo de primário (ensino fundamental), que o quadro “verde ou
negro” e giz. Cartaz e mapa eram diferenciais tecnológicos que ilustravam
algumas aulas, e só. Fui conhecer um retroprojetor na faculdade. Naquele tempo
(40 anos atrás) existia o mimeógrafo (alguém lembra?) e máquina de escrever
(datilográfica, é existia até curso para manejá-las) como auxiliares na
produção de material disponibilizado ao alunos. E hoje o que mudou? Na prática,
nada. Trocamos o mimeógrafo pela máquina de “Xerox”, a máquina de escrever pelo
computador e o retroprojetor pelo Datashow (Projetor multimídia). Ah! O quadro
negro ou verde pelo branco e o giz, pelo pincel (caneta para quadro branco),
só!
E o aluno
mudou? Sim, e muito. Antigamente o que o professor dizia era lei, verdade
inquestionável: ele era o detentor da informação e da sabedoria. O aluno tinha
total respeito pelo professor (via de regra), claro que também existiam os mais
“levados”, mas o problema sempre era resolvido com uma “passadinha” na direção
ou nos “apoios” ao aluno.
Hoje o aluno
além de não ser mais o mesmo de antigamente, ele está mais inquieto, espera
respostas mais rápidas, não quer perder tempo. Antes o acesso a informação era
complicado, hoje está mais fácil e rápido, existe mais tecnologia aplicada em
tudo que utilizamos. Agora o aluno pode ter um computador na sua mão com acesso
a qualquer informação na hora que quiser. O professor afirma alguma coisa sobre
determinado assunto e o aluno confere no mesmo momento podendo contestar ou não
a informação. Isso me lembra uma propaganda que está sendo veiculada na
televisão onde uma repórter fala ao vivo sobre o tempo e um rapaz que está
passando no mesmo instante contesta dizendo que vai chover, contrariando a
informação dela, e fundamentado no que ele está vendo no celular online. Claro
que o aluno também mudou no sentido de respeito ao professor e seguidamente
vemos manchetes sobre professores agredidos por alunos.
Isso
contrasta com a atitude de vários professores da universidade local, que
solicitam trabalhos manuscritos, por que, segundo eles, impediria o famoso
“copia e cola” da internet. Ora, se o “perigo” de copiar e a falta de confiança
nos alunos for tão grande, quem sabe, esses professores ao invés de culpar a
facilidade da internet por sua incompetência ou despreparo, poderiam trocar
esses trabalhos por uma boa discussão em grupo e na sala de aula, que
certamente seria bem mais proveitoso para todos.
Como
disse, não dá para mudar tudo isso já, mas podemos começar pelo nosso meio,
mais próximo e quem sabe a longo prazo teremos mudanças mais significativas.
Aulas
criativas e com conteúdo podem motivar os alunos e mantê-los em sala de aula,
aulas enfadonhas e sem novidades os fazem estar presentes apenas com o corpo.
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