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sábado, 19 de setembro de 2015

CUSPI E GIZ


Bem, era assim antigamente! E parece que pouca coisa mudou. Professores bons e não tão bons, também continua igual. O ensino fundamental e o médio, são os mesmos de antigamente, só com nomes diferentes. O superior está cada vez mais parecido com o segundo grau de antigamente (hoje ensino médio) e transformado em um grande negócio. O modelo é ruim desde sempre. Não tem muito que evoluir mesmo, tem é que trocar. Porém isso demandaria muito trabalho e altos custos, o que não interessa a governos nem a donos de escolas (universidades, cursinhos e outros).
Então vamos ao passado, por exemplo: Não lembro de nada mais “tecnológico” na educação, no meu tempo de primário (ensino fundamental), que o quadro “verde ou negro” e giz. Cartaz e mapa eram diferenciais tecnológicos que ilustravam algumas aulas, e só. Fui conhecer um retroprojetor na faculdade. Naquele tempo (40 anos atrás) existia o mimeógrafo (alguém lembra?) e máquina de escrever (datilográfica, é existia até curso para manejá-las) como auxiliares na produção de material disponibilizado ao alunos. E hoje o que mudou? Na prática, nada. Trocamos o mimeógrafo pela máquina de “Xerox”, a máquina de escrever pelo computador e o retroprojetor pelo Datashow (Projetor multimídia). Ah! O quadro negro ou verde pelo branco e o giz, pelo pincel (caneta para quadro branco), só!
E o aluno mudou? Sim, e muito. Antigamente o que o professor dizia era lei, verdade inquestionável: ele era o detentor da informação e da sabedoria. O aluno tinha total respeito pelo professor (via de regra), claro que também existiam os mais “levados”, mas o problema sempre era resolvido com uma “passadinha” na direção ou nos “apoios” ao aluno.
Hoje o aluno além de não ser mais o mesmo de antigamente, ele está mais inquieto, espera respostas mais rápidas, não quer perder tempo. Antes o acesso a informação era complicado, hoje está mais fácil e rápido, existe mais tecnologia aplicada em tudo que utilizamos. Agora o aluno pode ter um computador na sua mão com acesso a qualquer informação na hora que quiser. O professor afirma alguma coisa sobre determinado assunto e o aluno confere no mesmo momento podendo contestar ou não a informação. Isso me lembra uma propaganda que está sendo veiculada na televisão onde uma repórter fala ao vivo sobre o tempo e um rapaz que está passando no mesmo instante contesta dizendo que vai chover, contrariando a informação dela, e fundamentado no que ele está vendo no celular online. Claro que o aluno também mudou no sentido de respeito ao professor e seguidamente vemos manchetes sobre professores agredidos por alunos.
Isso contrasta com a atitude de vários professores da universidade local, que solicitam trabalhos manuscritos, por que, segundo eles, impediria o famoso “copia e cola” da internet. Ora, se o “perigo” de copiar e a falta de confiança nos alunos for tão grande, quem sabe, esses professores ao invés de culpar a facilidade da internet por sua incompetência ou despreparo, poderiam trocar esses trabalhos por uma boa discussão em grupo e na sala de aula, que certamente seria bem mais proveitoso para todos.
Como disse, não dá para mudar tudo isso já, mas podemos começar pelo nosso meio, mais próximo e quem sabe a longo prazo teremos mudanças mais significativas.

Aulas criativas e com conteúdo podem motivar os alunos e mantê-los em sala de aula, aulas enfadonhas e sem novidades os fazem estar presentes apenas com o corpo.

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