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sábado, 26 de setembro de 2015

PEDALADA NOTURNA

O mundo hoje está pedalando e Torres já entrou também nesta “nova onda”, que não é tão nova assim. Existe um grupo de “pedaladores” que estão em plena atividade pelas ruas da cidade e até pelo interior.
Novidade são os passeios noturnos, as famosas pedaladas noturnas.
Claro que isso não foi inventado aqui em Torres, mas pedalar a beira dos rochedos ouvindo o mar ao fundo: só aqui! O que Saint-Hilaire fez no lombo de um cavalo, hoje o fazemos no lombo de uma “magrela” e iluminados por modernas lâmpadas de led. Paisagens antigas renovadas pela forma e não pelo conteúdo.
Várias cidades do mundo inteiro estão proporcionando aos turistas e moradores as bicicletas compartilhadas. Este serviço, ajuda no desafogo dos centros urbanos, além de ser saudável e econômico para todos, turistas ou não.
E não tem como falar em bicicleta e cidade turística sem lembrar de Amsterdã (400 km de ciclovias), a cidade da bicicleta. Em toda a Holanda existem pelo menos 20 mil quilômetros de ciclovias e trechos adaptados para um passeio seguro sobre duas rodas. Como a “magrela” é um meio de transporte para muita gente, há serviços de aluguel por toda a parte em hotéis e hostels, e as estações de trem dispõem de bicicletário.
Chegando um pouco mais perto, logo ali, em Porto Alegre, existe o sistema de aluguel de bicicletas compartilhadas que funciona há 3 anos e soma quase 157 mil pessoas cadastradas e mais de 70 mil delas utilizando o serviço com regularidade. O preço pelo serviço está entre R$ 5,00 a R$ 10,00 e quase 700 mil viagens foram realizadas desde a implantação do projeto. Atualmente, o sistema soma 40 estações e 400 bicicletas. Neste mês está encerrando o contrato com a atual prestadora do serviço, mas a prefeitura da capital prometeu dar continuidade ao serviço.
E aqui? Bem, já tivemos, há alguns anos, um serviço de aluguel de bicicletas com vários lugares, mas não sei por qual motivo, encerrou suas atividades. Atualmente, a Aguatá Turismo, uma agência de turismo local oferece este serviço e além disso promove passeios noturnos pela cidade e diurnos pelo interior do município em cima das “magrelas”.
Para encerrar este assunto, uma pergunta é necessária. Qual é a diferença entre pedalar no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo? E a resposta é: a quantidade e a qualidade das vias, ciclovias. Diferentemente do Brasil, alguns países já estão bem desenvolvidos em relação a ciclovias tendo maiores extensões como por exemplo a cidade de Nova York 675 km ou Berlim 750 km.
No Brasil, Brasília, se destaca com 440 km de ciclovias, seguido do Rio de Janeiro com 374 km; São Paulo, com 265,5 km; Curitiba, com 181 km; Fortaleza, com 116 km; Campo Grande, com 90 km; Teresina, com 75 km; Florianópolis, com 57 km. Porto Alegre aparece com míseros 21 km, menos da metade de Florianópolis, e Torres conta com cerca de 2 km de uma improvisada ciclovia a beira mar e outra, também com 2 km, em volta da lagoa do violão.
Claro que é covardia comparar com as outras capitais brasileiras ou do exterior, porém seria um grande diferencial para a cidade ter um bom número de ciclovias ligando pontos turísticos com o centro da cidade. Isso ajudaria a melhorar a mobilidade urbana e integraria ainda mais o turista e o morador local com a natureza.
Mas existe um diferencial maior: o respeito e a educação. Bastante lá fora e ainda imperceptível por aqui.

Enfim, andar de bicicleta não depende de idade cronológica, depende da idade mental. Em cima delas todos se sentem crianças, mesmo já tendo passado bastante da fase. Então, aproveite esta onda e venha pedalar!

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