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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A MODA DOS LETREIROS TURÍSTICOS

Já há alguns anos vêm surgindo em vários lugares do mundo os letreiros chamativos que representam algumas importantes cidades turísticas. Não sei se foi lá que iniciou esta “mania” mundial, mas tenho certeza que o letreiro “Hollywood” foi o grande inspirador dos diversos outros, mundo a fora.
Criado para divulgar um loteamento residencial, virou ícone da cidade de Los Angeles por aparecer Em diversos filmes. E, claro, todos que visitavam a cidade faziam questão de tirar uma foto próxima ao letreiro.
Isto acabou o transformando em mais um atrativo turístico da cidade. Neste caso, o letreiro, de coadjuvante virou ator principal, de meio de divulgação passou a ser a própria atração e modelo único de inspiração para o surgimento dos demais, que ao contrário dele, surgiram próximos a atrativos turísticos já existentes com a função de identificar o lugar fotografado.
Como se vê, no Brasil e no resto do mundo, esses letreiros turísticos são apenas complementares ao atrativo principal, e por este motivo dão ao turista um motivo a mais para visitá-lo. Só que em muitos desses lugares os turistas não se contentam em apenas tirar uma foto ao lado das letras, querem interagir com elas, escalá-las, entrar e sair dos seus recortes, fazer brincadeiras irreverentes.
Além da função informativa, estes letreiros, trazem consigo a função estética de “embelezar” o local. Só que muitas vezes essa “estética” não é adequada ao local, ou digamos assim, é “exagerada” e descaracteriza o ambiente onde está inserida.
Letreiros criativos como o de Amsterdam, “I AMsterdam”, um trocadilho em inglês, “eu sou Amsterdam”; ou nem tanto, como o de Aruba, que instalou logo dois, “Eu amo Aruba”, com direito a coração no lugar da palavra “amo”.
Aliás essa pobreza de criatividade imperou na maioria dos letreiros do Brasil, onde a palavra amor ou o símbolo em forma de coração estão sempre presentes.
Multicoloridos e com desenhos tribais como o de Cancun, Salvador, Porto de Galinhas, ou sóbrios como o da praia de Pocitos, em Montevideo ou Ushuaia, na Argentina, os letreiros surgem com versões fixas em pontos turísticos famosos, ou móveis, distribuídas pela cidade de acordo com a estratégia promocional.
Outros seguem tendências mundiais, como o letreiro engajado de Florianópolis, “Sou bem Floripa”, onde um totem com jeitão havaiano, faz parte de um movimento que inclui campanhas com propósitos sociais como, cuidar do meio ambiente, respeitar o trânsito e compartilhar o bem.
Uma coisa bacana que normalmente vem junto com os letreiros são as várias melhorias feitas no entorno, como iluminação, novas vagas de estacionamento e arborização.
Porém o tamanho exagerado da maioria dos letreiros, característica presente na maioria deles (2 metros de altura por 20 metros de comprimento) , os transformam em desajeitados “Elefantes brancos”.
Assim como o tamanho, o material utilizado em sua confecção também pode ser um problema tanto para a manutenção quanto para a segurança, pois vai do duradouro concreto a materiais menos confiáveis como, madeira, de fibra, tubos de metal, e placas de aço.
Os letreiros turísticos têm a capacidade de atrair todo o tipo de turista ou curioso para esses locais, alterando para mais que o dobro o fluxo de pessoas em seu entorno. Fato que sem um adequado controle pode ter um efeito contrário e nocivo aos objetivos de sua concepção.
Essa moda mundial, apesar de popularizada, pode ser implantada em qualquer lugar turístico ou não, porém deve-se ter em mente que a sua implantação precisa ser próxima de algum atrativo turístico e não espalhadas por praças não destinadas a este fim (turístico). E, principalmente, ter o extremo cuidado para não comprometer o ambiente e o bom gosto, de preferência!
(Este texto tinha um outro propósito, mas para minha surpresa, surgiu o esqueleto de um letreiro em meio a Prainha. Embora seja outra estrovenga em meio a um dos belos cartões postais da cidade, ela fará a alegria dos ‘facebooks’ e ‘instagrams’ por um período e sombra para os ‘sem guarda-sóis’ por bastante tempo. Não sou contra o letreiro, sou contra a falta de criatividade. Aos que reclamam desse ‘monumento’, peço que também reclamem do outro ‘monumento da Corsan’, sem os dois a vista da Prainha ficaria bem melhor).
Fontes: meuroteirordc.com.br; www.correiobraziliense.com.br;
http://nominuto.com/noticias.

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