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terça-feira, 27 de novembro de 2018

INVESTIMENTO PRIVADO NO MEIO TURÍSTICO


É com grande satisfação que vejo que na falta de investimento público (ou seria inoperância) no principal “filão” do município – o Turismo -, a iniciativa privada comparece com ideias e dinheiro (Recursos e/ou Projetos).
Alguns exemplos desse investimento privado no fomento do turismo são o Vinodeiro (Festival de Vinho e Cordeiro), no ano passado, o letreiro turístico da prainha, o evento MaraTorres, neste ano, todos promovidos pela ACTOR (Associação dos Construtores de Torres) e, aparentemente, com o“apoio” da prefeitura. A feira do Livro, que já ocorre há anos, também tem a iniciativa de empresa privada, no caso o SESC, também com o “apoio” da prefeitura.
Estes são os mais recentes, ainda havia os mais antigos como o Carnaval de rua, a Decoração Natalina e a Decoração de Páscoa, todos promovidos por comerciantes e entidades de classe, e “apoiados” pela prefeitura. Como se vê-esta falta de iniciativa não é exclusividade da atual gestão.
Sempre se falou que o governo municipal não tem dinheiro para investir nos equipamentos turísticos (pode ser verdade, não totalmente) e que este papel deveria ser dividido entre a sociedade e o poder público. Certo, também concordo. O que falta são mais ações do governo municipal nesse sentido. Não esperar por ideias e dinheiro da sociedade e sim ser o promotor destas e o propositor das parcerias. Não apenas entrar como apoiador, ser o principal agente.
Como já disse várias vezes, se falta dinheiro não pode faltar criatividade e principalmente planejamento.
Dia destes teve um evento nas “Quatro praças” (Praça dos Cavalos ou Praça João Neves da Fontoura, que é o seu verdadeiro nome, que se tratava da autorização ou formalização de um Termo de Cooperação entre a Associação dos Condôminos da Praça João Neves da Fontoura, a construtora R Dimer e a Prefeitura Municipal.
O acordo consistia na pavimentação do entorno das quatro praças com blocos de cimento. O interessante deste acordo é que a Associação (na verdade, os Condomínios do entorno) entrava com a maior contribuição, visto que o benefício maior é supostamente para eles (os condôminos). Uma parte, pequena, a R Dimer contribuirá para a pavimentação e conservação das praças. A prefeitura, convidada para participar, contribuirá com a autorização, esgoto pluvial e remoção das pedras irregulares.
A bela iniciativa proposta pela Associação dos Condôminos da Praça Joao Neves da Fontoura só poderá ser ofuscada se insistirem em fazer algumas intervenções pouco convencionais nas praças.
A princípio serão colocados alguns “monumentos” em cada uma das quatro praças como contrapartida ao investimento da construtora. Um destes “monumentos” deverá ser uma interessante homenagem a origem das praças – os cavalos – na forma de uma estátua.
Maravilhosa e embelezadora ideia. Os outros “monumentos” é que trazem um pouco de preocupação. Embora aprovado por “todos” os condomínios do entorno, os detalhes da “monumentização” da praça não ficaram muito claros e suscitaram algumas interpretações que assustaram alguns moradores.
Uma das ideias, era a de colocar as bicicletas de aluguel, o que foi aparentemente descartada. As outras duas, que foram aventadas indicavam para um letreiro turístico (nos moldes daquele da prainha), e um banco “gigante” de praça (igual aquele próximo a entrada do trevo para a Ulbra).
As “alegorias” poderão atrair muitos curiosos para o local, tendo aspectos positivos e negativos ao mesmo tempo, uma vez que a praça, a princípio, não se destina ao turismo, mas sim ao lazer dos moradores e veranistas (não confundir com turistas).
Esperamos que o bom senso impere e que não transformem as praças, tão bem geridas durante anos, em um depósito de bugigangas de gosto duvidoso.

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