É com grande satisfação que vejo que
na falta de investimento público (ou seria inoperância) no principal “filão” do
município – o Turismo -, a iniciativa privada comparece com ideias e dinheiro
(Recursos e/ou Projetos).
Alguns exemplos desse investimento
privado no fomento do turismo são o Vinodeiro (Festival de Vinho e Cordeiro),
no ano passado, o letreiro turístico da prainha, o evento MaraTorres, neste
ano, todos promovidos pela ACTOR (Associação dos Construtores de Torres) e,
aparentemente, com o“apoio” da prefeitura. A feira do Livro, que já ocorre há
anos, também tem a iniciativa de empresa privada, no caso o SESC, também com o “apoio”
da prefeitura.
Estes são os mais recentes, ainda
havia os mais antigos como o Carnaval de rua, a Decoração Natalina e a
Decoração de Páscoa, todos promovidos por comerciantes e entidades de classe, e
“apoiados” pela prefeitura. Como se vê-esta falta de iniciativa não é
exclusividade da atual gestão.
Sempre se falou que o governo
municipal não tem dinheiro para investir nos equipamentos turísticos (pode ser
verdade, não totalmente) e que este papel deveria ser dividido entre a
sociedade e o poder público. Certo, também concordo. O que falta são mais ações
do governo municipal nesse sentido. Não esperar por ideias e dinheiro da
sociedade e sim ser o promotor destas e o propositor das parcerias. Não apenas
entrar como apoiador, ser o principal agente.
Como já disse várias vezes, se falta
dinheiro não pode faltar criatividade e principalmente planejamento.
Dia destes teve um evento nas “Quatro
praças” (Praça dos Cavalos ou Praça João Neves da Fontoura, que é o seu
verdadeiro nome, que se tratava da autorização ou formalização de um Termo de
Cooperação entre a Associação dos Condôminos da Praça João Neves da Fontoura, a
construtora R Dimer e a Prefeitura Municipal.
O acordo consistia na pavimentação do
entorno das quatro praças com blocos de cimento. O interessante deste acordo é
que a Associação (na verdade, os Condomínios do entorno) entrava com a maior
contribuição, visto que o benefício maior é supostamente para eles (os
condôminos). Uma parte, pequena, a R Dimer contribuirá para a pavimentação e
conservação das praças. A prefeitura, convidada para participar, contribuirá
com a autorização, esgoto pluvial e remoção das pedras irregulares.
A bela iniciativa proposta pela Associação
dos Condôminos da Praça Joao Neves da Fontoura só poderá ser ofuscada se
insistirem em fazer algumas intervenções pouco convencionais nas praças.
A princípio serão colocados alguns
“monumentos” em cada uma das quatro praças como contrapartida ao investimento
da construtora. Um destes “monumentos” deverá ser uma interessante homenagem a
origem das praças – os cavalos – na forma de uma estátua.
Maravilhosa e embelezadora ideia. Os
outros “monumentos” é que trazem um pouco de preocupação. Embora aprovado por
“todos” os condomínios do entorno, os detalhes da “monumentização” da praça não
ficaram muito claros e suscitaram algumas interpretações que assustaram alguns
moradores.
Uma das ideias, era a de colocar as
bicicletas de aluguel, o que foi aparentemente descartada. As outras duas, que
foram aventadas indicavam para um letreiro turístico (nos moldes daquele da
prainha), e um banco “gigante” de praça (igual aquele próximo a entrada do
trevo para a Ulbra).
As “alegorias” poderão atrair muitos
curiosos para o local, tendo aspectos positivos e negativos ao mesmo tempo, uma
vez que a praça, a princípio, não se destina ao turismo, mas sim ao lazer dos
moradores e veranistas (não confundir com turistas).
Esperamos que o bom senso impere e que
não transformem as praças, tão bem geridas durante anos, em um depósito de
bugigangas de gosto duvidoso.
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